03 junho 2009

O Tambor (Die Blechtrommel,De / Fr / Pl / Iy, 1979)


Quando pequena morria de medo de crescer e com isso ver meus pais envelhecerem e morrer! Acho que acontece com todas as crianças, este medo da vida e do futuro. J. M. Barrie, descreve muito bem em "Peter Pan". Ele não quer crescer pois sabe que o mundo dos adultos é hostil e propicia a eventual perda da inocência, da paz e da harmonia que existe entre as pessoas, e sendo assim continuará sempre uma criança que acredita num mundo de fantasia na Terra do Nunca. Ontem assisti "Tambor" um filme que já tinha a algun tempo, cujo o tema é justamente uma criança que se nega a crescer para fugir da realidade a sua volta. Fiquei surpresa como este filme me deixou tão emocionada e fascinada pela sua história.


Na cidade de Danzig na Alemanha, entre os anos de 1920 e 1930, logo após o nascimento de Oskar Matzerath (David Bennent), sua mãe lhe promete que quando completasse três anos ele ganharia um tambor de latão. E, no dia da comemoração de seu aniversário, após presenciar os jogos sexuais anormais entre sua mãe e seu primo com quem mantinha um caso, Oskar decide que não cresceria mais e se atira pela escada da adega. Isso não o mata, mas provoca uma condição que impede seu crescimento. Quando seu padrasto e vários professores tentam tirar dele seu adorado tambor de latão, Oskar demonstra todo seu talento bizarro em, com um grito muito agudo, quebrar vidros. Enquanto isso, o movimento nazista está crescendo na Alemanha e o padrasto de Oskar se junta ao partido. O filme foi baseado no romance homônimo do prêmio Nobel Günter Grass, ganhou a Palma de Ouro no festival de Cannes e o Oscar de melhor filme estrangeiro. Com a direção de Volker Schlondorff e no elenco David Bennent, Mario Adorf, Angela Winkler, Daniel Olbrychski e Daniel Olbrychski.


O tipo de filme que mostra “a visão da guerra por uma criança”. Quando Oskar está exatamente embaixo da Torre Eiffel e olha para cima, uma pessoa pergunta para ele “o que você está pensando?”. E ele responde, na barra de saia da minha avó. É esse tipo de cinema – irreverente, íntimo e humano – que O Tambor revela em seus melhores momentos.
O filme que dividiu com Apocalipse Now a Palma de Ouro de 1979, no Festival Internacional de Cinema de Cannes na França. Não envelheceu com o tempo e continua sendo uma excelente oportunidade de revisão da história da Alemanha durante a segunda guerra mundial e valor histórico à parte nada melhor do que assistir a este belo filme com uma excelente trilha sonora e que conta com a estranha interpretação de David Bennent que na época tinha 12 anos e fazia o papel do personagem de três anos. Não percam a oportunidade de assistir!

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